Com os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma linha emergencial de crédito para atender micro, pequenas e médias empresas, garantindo a folha de pagamento dos seus funcionários, o que, em tése, eliminaria a possibilidade de reduzir custos cortando funcionários.

Segundo o presidente do Banco Central, 12,2 milhões de funcionários e 1,4 milhão de empresas serão beneficiados com a medida.

Como funciona?

Serão disponibilizados R$ 40 bilhões, que poderão ser acessados por empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, com histórico positivo de crédito nos últimos seis meses.

O dinheiro será exclusivamente para o pagamento da folha de salários de funcionários e pagos diretamente na conta do trabalhador.

Valores

O valor será limitado em dois salários mínimos (até R$ 2.090,00) por funcionário. Caso o trabalhador receba acima de dois salários mínimos, o restante poderá ser complementado pela própria empresa. Em contrapartida, a empresa não poderá demitir o funcionário beneficiado por dois meses.

85% dos valores virão do Tesouro Nacional e 15% dos bancos participantes. Bancos, públicos ou privados, vão atuar de maneira compartilhada no repasse dos recursos e não vão cobrar quaisquer tarifas operacional ou de inadimplência.

A taxa será fixa, de 3,75% ao ano (mesmo valor da taxa Selic atual), sem qualquer spread bancário ou tarifa operacional. O prazo de pagamento será de 6 meses de carência e 30 meses para quitação. Segundo o Banco Central, hoje a taxa cobrada em linhas de financiamento semelhantes chega a 20% ao ano.

Com as novas medidas, e os programas anunciados pelo BNDES estima-se um impacto positivo na economia e redução de demissões durante esse período de crise.